A Celesc divulgou nesta quarta-feira (21) os
projetos selecionados por meio de chamada pública da ação “Indústria +
Eficiente”, do Programa de Eficiência Energética da empresa. Os projetos
vencedores são das empresas Tigre (Joinville), com R$ 5,9 milhões; Sadia
(Chapecó), com R$ 2,7 milhões; Trombini (Fraiburgo), com R$ 2,9 milhões; Tupy
(Joinville), com R$ 5,7 milhões e Amanco (Joinville), com R$ 3,3 milhões e
foram selecionados por ordem decrescente da nota atribuída, até o limite dos
recursos orçamentários disponibilizados para o programa: R$ 20,6 milhões.
“Inscreveram-se ao todo 25 projetos, a um
custo total de mais de R$ 38 milhões. Os projetos receberam uma nota com base em
cálculo determinado pela Aneel (considerando a energia economizada, a redução
de demanda e a relação custo-benefício) e serão executados ano que vem com
subsídio da Celesc, proporcionando mais economia e competitividade para as
indústrias”, diz o presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni.
O “Indústria + Eficiente” foi lançado pela
Celesc e Governo do Estado no dia 17 de agosto, em evento na Federação das
Indústrias de SC (Fiesc), para selecionar e financiar, a juro zero, projetos de
eficiência energética em instalações industriais. Os R$ 20 milhões serão
investidos em 2013 para promover a renovação do parque fabril catarinense e
reduzir os custos das indústrias com energia elétrica, permitindo ganho de
competitividade.
A chamada pública foi destinada a consumidores
industriais, livres ou cativos. Os projetos apresentados deveriam obedecer aos
critérios estabelecidos no Manual do Programa de Eficiência Energética da Aneel
e os benefícios calculados para o mesmo deveriam ser, no mínimo, 33% maiores
que os custos. A Celesc irá repassar a verba para as empresas conforme
apresentação de notas, execução das obras e fiscalização. A recuperação do
investimento será parcelada, com número de parcelas limitado ao valor da
economia verificada, que será comprovada por processos de medição e verificação
ao final da implementação.
A indústria catarinense responde por 42,5% de
toda a energia consumida no Estado e, segundo pesquisa da Fiesc, enquanto 70%
dos industriais possuem metas de redução do consumo de energia, 23% deles apontam
a falta de financiamento como a maior dificuldade para a identificação das
oportunidades de eficiência energética. Em linhas gerais, os projetos são de
substituição de motores de baixo rendimento por motores de alto rendimento, o
que vai gerar economia de energia para as indústrias.
Confira o quanto às indústrias vão economizar:
Confira o quanto às indústrias vão economizar:
TIGRE: Com a execução do projeto, a Tigre
terá uma economia de energia anual de 5.345,56 MWh/ano e uma redução de demanda
na ponta de 632,25 kW. Esta economia de energia representa 10,54% do consumo
anual da empresa e a redução de demanda na ponta representa 9,06% da demanda de
ponta média registrada nos últimos 12 meses.
SADIA - Unidade de Chapecó: Estima-se uma
redução de 3,55 % em relação ao consumo total da instalação (média de
11.059.286 kWh/mês). Considerando-se o consumo apenas do atual sistema de força
motriz, a redução alcançará um percentual de 3,95 %. A redução de demanda
prevista no horário de ponta será de 531,74 kW.
TROMBINI: Estima-se uma redução de 4,48 % em relação
ao consumo total da instalação (média de 7.499.277 kWh/mês). Considerando-se o
consumo apenas do atual sistema de força motriz, a redução alcançará um
percentual de 4,90 %. A redução de demanda prevista no horário de ponta será de
487,06 kW.
TUPY: A Tupy terá uma economia de energia
anual de 6.276,89 MWh/ano e uma redução de demanda na ponta de 218,22 kW.
AMANCO - Unidade Floresta: Com a execução
deste projeto a economia de energia anual será de 3.316,09 MWh/ano, com redução
de demanda na ponta de 460,65 kW. Esta economia de energia representa 13,20% do
consumo anual da empresa e a redução de demanda na ponta representa 13,33% da
demanda de ponta média registrada nos últimos 12 meses.