O cooperativismo é um sistema, uma doutrina, uma filosofia que
ainda não consegue ser entendido por todas as pessoas. Grande parte dos
indivíduos não consegue compreender como pode haver um sistema que preza pelo
ganho coletivo, sendo que vivemos na era do capitalismo em que os interesses
individuais são cada vez maiores. No entanto, o cooperativismo não só existe,
como tem sido um dos setores menos afetados pela crise que atualmente assola o
país. Especialmente no caso das cooperativas de crédito, que é o sexto maior
banco do país.
Atuam em Santa Catarina os Sistemas SICOOB, CECRED, UNICRED, CRESOL
e SICREDI, que marcam sua presença em 98% dos municípios. O maior é o SICOOB
Central, que tem agências ou pontos de atendimento em 76% dos municípios e atua
também no RS. Santa Catarina detém a liderança nesse modelo financeiro
proporcionalmente à população.
De acordo com informações do presidente SICOOB Central, Rui
Schneider da Silva, as cooperativas estão conseguindo passar à margem da crise.
O volume de depósito a prazo está crescendo e os da caderneta de poupança
também. Os depósitos a prazo subiram 22,4% no ano passado frente a 2014 e as
operações de crédito tiveram expansão de 17,2% no mesmo período. O número de
associados do SICOOB chegou a 581.301, 12,5% maior que no ano anterior. O
volume total de recursos administrados atingiu R$ 8,5 bilhões ano passado, um
incremento de 19,7% sobre o ano anterior.
Em função das vantagens oferecidas, cada vez mais as pessoas estão
demonstrando interesse em conhecer e de se tornarem associadas as cooperativas
de crédito. Ao se associar com um
pequeno capital, a pessoa ou empresa tem acesso a juros menores, serviços mais
baratos e, no final do ano, recebe uma sobra relativa ao seu movimento
econômico durante o ano.
Apesar da crise econômica que atinge a Economia Brasileira o
cooperativismo catarinense, envolvendo todos os doze setores, continua em
ascensão e cresceu 12,96% no ano passado, de acordo com a Organização das
Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC). A expressão do setor é
reconhecida nacionalmente: as 260 cooperativas catarinenses reúnem 1,908 milhão
de famílias associadas e mantêm 56.311 empregos diretos, faturam mais de R$ 27
bilhões de reais por ano e representam 11% do PIB catarinense.