A chegada de um bebê alegra qualquer ambiente. Na casa de Elisa e Sandro a alegria veio triplicada. Lívia, Alice e Melissa chegaram ao mundo no final de dezembro de 2015, os pais e familiares ainda organizam a rotina para dar conta das novas mulheres da família. Elisa é natural de Fraiburgo, mas mora em Caçador com o esposo.
Aos 30 anos, a psicóloga Elisa Fritsch, mãe das trigêmeas, decidiu engravidar. Elisa parou de tomar o anticoncepcional, mas não ficou neurótica e esperou a gravidez tranquilamente. Alguns meses mais tarde veio a confirmação, ela estava grávida. "Descobri que estava grávida já com dois meses de gestação. Primeiro fiz o teste de farmácia e depois o de laboratório. Só o fato de estar grávida foi uma surpresa e tanto, mas só depois da consulta com o ginecologista eu fui saber que eram três", conta.
O susto foi grande.
Elisa conta que no início não aceitou muito bem a situação e sentia muito medo de não conseguir atender aos três bebês ao mesmo tempo. "Quando apareceram os três coraçõezinhos na ultrassonografia eu desabei, porque eu não esperava, o meu desejo era ter só um filho e eu demorei a aceitar. Passou muita coisa pela minha cabeça, não sabia se ia dar conta e pensava que a minha vida iria mudar totalmente, achei que acabaria a minha liberdade", confessa.
Passados os primeiros meses do susto, Elisa foi se acostumando com a novidade e com o apoio de amigos e familiares começou a se tranquilizar. "Meu marido ficou super feliz, a família toda se comprometeu a ajudar, eles me falavam que Deus não iria me mandar três crianças se eu não fosse capaz de cuidar".
Elisa conta que a gravidez das trigêmeas foi extremamente tranquila. "Não tive enjoos e nenhuma complicação".
No dia 29 de dezembro de 2015, com 33 semanas de gestação, nasceram Alice, Lívia e Melissa com 1710kg, 1600kg e 1190kg, respectivamente.
As meninas nasceram no Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima em Curitiba e permaneceram lá por 30 dias. "Elas tiveram de ficar na UTI Neonatal, não por complicações, mas para ganharem peso", explica.
Apesar de bastante semelhantes, as meninas nasceram em bolsas diferentes.
Elisa afirma que não fez nenhum tipo de tratamento ou inseminação, sua gestação ocorreu de forma natural. "Também não temos casos semelhantes na família", ressalta.
Com a chegada das trigêmeas, o casal teve de se reorganizar. A mudança mais significativa que tiveram de fazer foi a de residência. "Onde morávamos a casa era pequena, viemos para uma um pouco maior".
São aproximadamente 20 mamadeiras e 20 trocas de fralda diariamente. A psicóloga, que trabalhava como secretária escolar, agora dedica a maior parte de seu tempo à função de mãe. "Durante a gravidez, eu pensava que precisaria de alguém direto comigo para me ajudar a cuidar das meninas, mas quando eu voltei de Curitiba tentei cuidar delas sozinha, e fui me adaptando, elas são muito tranquilas", revela ela, que nunca contratou serviço de babá.
À noite, Elisa conta com a ajuda do marido e também tem uma empregada que auxilia no serviço doméstico.