A tecnologia que antes só era vista nos
grandes centros e capitais, começa agora chegar também ao interior do Estado de
Santa Catarina. A rastreabilidade de produtos, nesse caso frutas, verduras e
legumes, era um privilégio até então de cidades maiores, no Estado, por
exemplo, a tecnologia era verificada em cidades como a grande Florianópolis.
Agora, com a iniciativa da rede de supermercados Passarela, a tecnologia chega às
duas lojas de Concórdia e Herval d’Oeste.
A rastreabilidade não é uma exigência de
mercado, no entanto, a cada dia mais empresas do ramo alimentício tem se
preocupado com a origem dos produtos e dessa forma aderido ao sistema. Foi
justamente essa justificativa que levou a empresa concordiense a fazer parte, inicialmente,
dois tipos de melões já são rastreados. Segundo o responsável setorial,
PetrúcioTumelero, a intenção é em curto prazo, é ter praticamente todas as
frutas, legumes e verduras disponíveis nas gôndolas cadastradas.
Através da rastreabilidade, é possível obter
todas as informações do produto que se está adquirindo. Um selo garante a
origem e permite o acompanhamento de toda a cadeia produtiva. Pela internet, é
possível verificar, por exemplo, os dados de produção, como avariedade, lote,
localidade de produção, data do plantio e colheita e validade. De posse dessas
informações, o consumidor poderá escolher se o produto atende a expectativa de
consumo.
Tumelero, afirma que a empresa já passou a
optar na compra das mercadorias que possuem rastreabilidade, por entender que trata-se
de um selo de qualidade que proporciona maior segurança aos consumidores. O
sistema adotado prevê o monitoramento do uso de defensivos agrícolas aplicados
no cultivo e a análise de resíduos agrotóxicos. “No geral hoje, nós compramos
uma mercadoria, consumimos e não sabemos sua origem, com esse novo modelo
qualquer pessoa tem acesso a essas informações. Quem sabe uma pessoa possui
alergia a certo tipo de produto que está sendo aplicado no cultivo da planta,
de posse desses dados ela poderá escolher”, comenta.
No entanto, o responsável setorial afirma que
o Passarela não possui intenção de romper ligações comerciais com os pequenos
produtores rurais da região. “A empresa que nos presta consultoria, a Paripassu
estará promovendo encontros com os produtores, a nossa intenção é de que esses
nossos fornecedores também façam parte do sistema, vamos conscientizar todos
sobre a necessidade de aderir o novo modelo”, comentou.
Por fim, Tumelero não teme por má aceitação
por parte do consumidor do interior do Estado. “A iniciativa de aumentar a
oferta de produtos rastreados mostra que o varejo acordou para os novos tempos.
Antes tarde do que nunca. Quando o assunto é comer, as famílias brasileiras
estão cada vez mais atentas e exigentes. E ainda que um item rastreado seja um
pouco mais caro do que o convencional, muita gente não hesita em levar para
casa o certo, e não o duvidoso”, finaliza.
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