quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Supermercado implanta sistema de rastreabilidade



A tecnologia que antes só era vista nos grandes centros e capitais, começa agora chegar também ao interior do Estado de Santa Catarina. A rastreabilidade de produtos, nesse caso frutas, verduras e legumes, era um privilégio até então de cidades maiores, no Estado, por exemplo, a tecnologia era verificada em cidades como a grande Florianópolis. Agora, com a iniciativa da rede de supermercados Passarela, a tecnologia chega às duas lojas de Concórdia e Herval d’Oeste.
A rastreabilidade não é uma exigência de mercado, no entanto, a cada dia mais empresas do ramo alimentício tem se preocupado com a origem dos produtos e dessa forma aderido ao sistema. Foi justamente essa justificativa que levou a empresa concordiense a fazer parte, inicialmente, dois tipos de melões já são rastreados. Segundo o responsável setorial, PetrúcioTumelero, a intenção é em curto prazo, é ter praticamente todas as frutas, legumes e verduras disponíveis nas gôndolas cadastradas.
Através da rastreabilidade, é possível obter todas as informações do produto que se está adquirindo. Um selo garante a origem e permite o acompanhamento de toda a cadeia produtiva. Pela internet, é possível verificar, por exemplo, os dados de produção, como avariedade, lote, localidade de produção, data do plantio e colheita e validade. De posse dessas informações, o consumidor poderá escolher se o produto atende a expectativa de consumo.
Tumelero, afirma que a empresa já passou a optar na compra das mercadorias que possuem rastreabilidade, por entender que trata-se de um selo de qualidade que proporciona maior segurança aos consumidores. O sistema adotado prevê o monitoramento do uso de defensivos agrícolas aplicados no cultivo e a análise de resíduos agrotóxicos. “No geral hoje, nós compramos uma mercadoria, consumimos e não sabemos sua origem, com esse novo modelo qualquer pessoa tem acesso a essas informações. Quem sabe uma pessoa possui alergia a certo tipo de produto que está sendo aplicado no cultivo da planta, de posse desses dados ela poderá escolher”, comenta.
No entanto, o responsável setorial afirma que o Passarela não possui intenção de romper ligações comerciais com os pequenos produtores rurais da região. “A empresa que nos presta consultoria, a Paripassu estará promovendo encontros com os produtores, a nossa intenção é de que esses nossos fornecedores também façam parte do sistema, vamos conscientizar todos sobre a necessidade de aderir o novo modelo”, comentou.
Por fim, Tumelero não teme por má aceitação por parte do consumidor do interior do Estado. “A iniciativa de aumentar a oferta de produtos rastreados mostra que o varejo acordou para os novos tempos. Antes tarde do que nunca. Quando o assunto é comer, as famílias brasileiras estão cada vez mais atentas e exigentes. E ainda que um item rastreado seja um pouco mais caro do que o convencional, muita gente não hesita em levar para casa o certo, e não o duvidoso”, finaliza.

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