Lucilene Aparecida da Cruz, grávida do terceiro filho aos 28 anos, é principal testemunha do assassinato ocorrido na madrugada da última segunda-feira (9), na Rua Arpalice Gueller no Bairro São Miguel em Fraiburgo, ela é as duas filhas presenciaram o crime. Na ocasião, o atual esposo Josemar dos Santos da Silva, 23 anos, matou com golpes de facão Josiel Telles, também de 23 anos, que estava escondido embaixo da cama do casal apenas de meias e cuecas.
A testemunha rompeu o silêncio e contou aquilo que viu no dia do assassinato. Lucilene disse que pensou no momento que se tratava do ex-esposo Joel da Silva Chaves, 32 anos. O corpo chegou a ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Caçador identificado de maneira equivocada, sendo que a situação só foi desvendada quando o caixão chegou para o velório e os familiares não o reconheceram.
De acordo com Lucilene, na noite do crime ela, o esposo e as duas filhas jantaram na casa da mãe dela, quando retornaram por volta da meia noite ela percebeu que a residência havia sido revirada. Encontrou uma camiseta com manchas de sangue a qual não pertencia à família, percebeu que as portas do guarda roupa e um travesseiro também estavam sujos com sangue. Teria ainda encontrado uma sacola com as suas roupas intimas, logo em seguida o casal acionou a Policia Militar.
Enquanto aguardava a chegada da PM, deitou-se com as filhas com o intuito de fazê-las dormir, porém escutou gemidos que vinham debaixo da cama do casal, ao olhar teve a surpresa de encontrar um homem encapuzado. “Escutei dois gemidos e sentei na cama, quando me abaixei para olhar vi aquele brutamonte, estava escuro e ele encapuzado, eu sai gritando”, contou. Ela alega que Telles a feriu na perna com uma faca e nesse momento o esposo de posse de um facão teria defendido a família e acabando por cometer o crime.
Sobre a suspeita de que se tratava do ex-marido, Lucilene afirmou que naquele instante pensou que era ele por ser a única pessoa com quem possui problemas em função da separação e de pensão alimentícia. “Não temos desavenças com ninguém, achei que fosse meu ex-marido em função de processos que tramitam na Justiça”, contou.
Ela afirma que conhecia Telles apenas de passagem e desta forma desmentiu alguns boatos que teriam sido criados após o crime de que os dois poderiam estar mantendo um caso extraconjugal devido as circunstâncias em que ele foi achado seminu. “Alguns dias antes ele (vítima) e a esposa vieram lá em casa a noite pedindo uma chupeta emprestada, meu marido até arrumou e no outro dia eles devolveram, mas isso nos causa estranheza”, afirmou.
No interior da residência foram encontradas a camiseta, um par de botas e um capuz que supostamente pertenceriam a Telles. O suspeito de cometer o assassinato encontra-se detido na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Videira. Lucilene afirma ter esperanças de que ele seja liberado, pois defende que ele agiu em defesa da família.
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