JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter
Ontem (31), foi o Dia
Mundial sem Tabaco. O tema definido pelo governo brasileiro para a data foi:
"Fumar: Faz Mal pra Você, Faz Mal para o Planeta". Dados do
Ministério da Saúde indicam que o percentual de fumantes no país passou de
16,2% em 2006 para 14,8% no ano passado. É a primeira vez que o índice fica
abaixo dos 15%.
A pesquisa Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel),
divulgada em abril, indica que a frequência de fumantes continua maior entre os
homens: 18,1% contra 12% entre as mulheres. Mesmo assim, a população masculina
lidera os números sobre a redução do tabagismo no país, já que 25% deles
declararam ter deixado de fumar, contra 19% entre pessoas do sexo feminino.
Os moradores de
Fraiburgo que são fumantes e que gostariam de parar de fumar podem contar com
ajuda do Programa Antitabagismo. O Programa é organizado pela Secretaria
Municipal de Saúde e conta com encontros semanais durante um mês. Ontem (31) para marcar a data, pessoas que
conseguiram largar o vício através do grupo, promoveram um encontro especial.
Na mesma oportunidade, um novo grupo de fumantes iniciou o encontro.
O programa já existe a
dois anos, mais de 300 pessoas já passaram por ele. A estimativa do grupo é de
cada 15 pessoas, dez conseguiram largar o vício em menos de um mês. Segundo a
coordenadora dos encontros, Anete Macagnam Gonçalves Linz, antes de iniciarem
as reuniões, os fumantes passam por avaliação médica, caso exista a necessidade
é receitado medicamento para ajudar a largar o vício.
O médico que faz
parte do programa, Eduardo Alves de Araújo, lembra que na atualidade não é mais
novidade falar que o cigarro causa problemas sérios de saúde, pois considera
que o assunto é amplamente divulgado. No entanto, ele explica que quanto antes
o dependente se livrar do vicio, melhor será para a saúde.
Quanto aos
medicamentos que são recomendados e oferecidos aos participantes, o médico
explica que é uma alternativa tem como objetivo facilitar e tornar o processo
mais simples. Podem ser tanto adesivos ou gomas de mascar que possuem pequenas
doses de nicotina. Ao fazer uso, o fumante irá sentir o vício, porém de maneira
branda.
Já quanto os altos
índices obtidos no Programa, Araújo salienta que as reuniões em grupos,
oferecem resultado mais proveitoso do que o próprio medicamento. “A partir do
momento que o dependente percebe que não é somente ele que tem esse problema,
os participantes começam a trocar informações e se ajudar, o resultado é muito
bom sem dúvidas”, comenta.
A VITÓRIA SOBRE O
VÍCIO
O encontro de ontem
(31), foi um momento de comemoração de uma conquista importante para os
ex-fumantes, os quais se livraram do vício. Há quatro meses, Dulcinei Pavarin colocou
o último cigarro na boca, desde então vem se mantendo firme no propósito. De
acordo com ela, a maior mudança que percebeu está relacionada ao cheiro, desde
então percebeu que o corpo bem como as roupas cheirava tabaco.
Jozina Carneiro Souza,
65 anos, é também uma das brasileiras que conseguiu largar o vício. Ela fumava
desde os 15 anos e foi através do Programa Antitabagismo que encontrou coragem
e incentivo para largar o vício há oito meses. “Não tinha mais condições de
seguir com aqueles hábitos de vida, estava dando trombose em meu pé e era por
causa do cigarro”, contou.
Já Alécio Devalleri que
também passou pelo Programa Antitabagismo, deixou de fumar a nove meses. Para
ele a principal mudança é o que muitas vezes impede os fumantes de largarem o
vício, pois engordou oito quilos. “Eu era muito magro, agora engordei e estou
com melhor aparência, sem contar tantas outras mudanças que percebo”, comentou.
FOTO ROSE PROÊNCIO/RÁDIO
FRAIBURGO AM
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