sexta-feira, 22 de junho de 2012

Médico esclarece dúvidas e traz informações sobre o vírus da H1N1


JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter

Se levado em conta a atualização da Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) em relação aos casos de Gripe A, Fraiburgo teria 23 casos, no entanto a última atualização da DIVE foi feita quarta-feira (20), desde essa data um novo caso foi notificado. Desta forma, Fraiburgo possui 24 registros de gripe A até o momento.
Mas prova de que se o paciente for submetido ao tratamento correto e de maneira precoce nas primeiras 48 horas, haverá sucesso é de que apenas duas pessoas que compõem esse registro total, permanecem internadas. Havia uma criança de três anos que estava internada na UTI do Hospital de Curitibanos, ela apresentou melhora e já recebeu alta hospitalar.
Ao longo da última semana, a Secretaria Municipal de Saúde registrou queda nas procuras de atendimentos, bem como na confirmação dos casos, em sete dias, apenas dois novos foram diagnosticados. No entanto, especialistas alertam que devemos estar atentos, pois em dias de temperaturas amenas, como deve fazer no fim de semana, a propagação do vírus é maior em função da falta de ventilação nos ambientes.
Em Fraiburgo, não existe nenhuma recomendação para que eventos sejam cancelados devido o aglomero de pessoas. A secretária, Nilce Pinz Gomes, explica que a situação está sendo monitorada e não existe a necessidade de tal recomendação. Ela explicou que se houver necessidade a medida será tomada, mas esclareceu que a Secretaria não possui autoridade para suspender eventos, pode apenas recomendar de que não sejam promovidos.
Muitas são as dúvidas, questionamentos e até informações desencontradas sobre o vírus H1N1. O clinico geral que atende no Hospital Divino Espírito Santo de Fraiburgo, Alessandro Fusatto Neto, traz informações sobre a gripe A.

A imunização de toda a população seria uma solução?

“A partir do momento que todas as pessoas forem vacinadas um vírus mais potente, poderá surgir. A literatura diz que a vacinação é o controle direto da disseminação da doença, mas o risco de vacinar todo mundo é que pode surgir um vírus resistente novamente. Esse vírus já existe há muitos anos, desde 1918 ele já estava registrado como H1N1. O Ministério da Saúde orienta que em casos suspeitos, deve começar o tratamento com Tamiflu. O medicamento combate o vírus tanto quanto a vacinação, só que os pacientes devem ser bem examinados”.

Eventos em que exista aglomeração devem ser suspensos?

“Se numa escola, por exemplo, ocorreram vários casos suspeitos, vinte, trinta ou quarenta casos, talvez pudesse ocorrer uma investigação melhor dessa situação. Mas nossa região possui um inverno rigoroso e um outono que também é muito frio, se não puder ocorrer nenhum evento externo, aula, academia, missa ou eventos em geral, a cidade para. A gripe não é uma doença que pegou morreu, é uma doença que tem os seus sintomas e evoluções, se fosse uma doença muito agressiva, que pegou hoje e morreu amanhã, aí sim, seria realmente um caso bastante perigoso e teria que suspender os eventos. Se pegar os casos diagnosticados em Fraiburgo, dividindo pela população da cidade daria “0,0005%” da população e estão distribuídos em ambientes onde o pai pegou e passou para o filho, passou para a mãe e passou para o irmão. Em uma família, por exemplo, existem quatro casos, não é um caso em cada lugar da cidade”.

Quem deve tomar o Tamiflu?

“O Tamiflu é o medicamento usado no combate ao vírus, no entanto, ele tem efeito apenas para as pessoas que estão doentes ou tiveram contato com pessoas infectadas. Pessoas saudáveis não devem tomar o medicamento como forma preventiva”.

Gripe comum mata tanto quanto a gripe A?

“A gripe comum mata tanto quanto a H1N1, os números são muito parecidos, as pessoas com gripe comum não se preocupam, mas os critérios de avaliação, as condutas e as complicações respiratórias são iguais, depende de cada caso, a questão da higiene é o principal ponto que devemos insistir, ou seja, lavar as mãos, não ter contato com pessoas doentes, não ficar em ambientes muito fechados, tudo isso para se evitar a disseminação”.
FOTO FLÁVIO FURTADO/ RÁDIO FRAIBURGO AM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comments system

Disqus Shortname