JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter
Cerca de 120 pessoas aprenderam um pouco mais sobre o
significado do pensamento de que pessoas com Síndrome de Down não devem apenas
fazer parte da sociedade, mas sim se sentir parte dela. Essa foi à ideia
central levada a diversos profissionais da área de educação, medicina, além de
pais e interessados pelo assunto no primeiro Seminário da Síndrome de Down,
promovido pela empresa Incape Eventos.
O evento aconteceu no hotel Renar em Fraiburgo na última
sexta-feira (1) e sábado (2). Ao longo
dos dois dias, diversos profissionais estiveram falando sobre suas experiências
e das melhores maneiras de se tratar a pessoa com síndrome no convívio
familiar, social e escolar. A médica pediatra especialista em medicina do
adolescente, Beatriz Elizabeth Bermudez, destacou que as necessidades físicas,
pessoais e profissionais que a pessoa com Síndrome de Down apresenta são as mesmas,
como a de qualquer outra pessoa. Essa síndrome é considerada a mais comum e de
grande quantidade nos dias atuais.
Já doutora em psicologia Maria de Fátima Joaquim Minetto,
relatou que é normal o sofrimento dos pais ao saberem que o filho é Down. Ela
explicou que é próprio do ser humano a preocupação diante do desconhecido e que
ninguém está preparado para lidar com um filho com a síndrome, no entanto, é
algo simples a partir do momento em que se aprende e se busca orientação sobre
o assunto.
“A aceitação está relacionada com o momento por qual
aquela família está passando, se o casal está com boa convivência e possuem
instruções as possiblidades de aceitação imediata são maiores. No entanto,
nunca devemos julgar alguém por sentir dificuldades no começo de aceitar essa
situação, pois é algo que é próprio de cada ser, é um tempo que a pessoa
precisa para assimilar o significado disso tudo”, comentou.
Para a assistente social que é mãe de um rapaz de 23 que
tem a síndrome, Noemia da Silva Cavalheiro, a família tem papel decisório na
inclusão dessa pessoa junto à sociedade, no entanto, é exatamente nesse
contexto que existe o maior preconceito. “São pessoas que tem algumas limitações, mas
isso não os impede de ter sonhos e quererem concretizar seus objetivos”,
afirmou.
A baixa participação dos educadores fraiburguenses no
seminário foi apontado pela organizadora e psicopedagoga Mariza Mello, como
algo preocupante. Segundo ela, a presença de pessoas com Down nas salas de
aulas é cada vez maior em função da educação inclusiva, no entanto, a maior
parte dos educadores era de outras cidades e até mesmo dos estados vizinhos. No
mês de outubro novo seminário deverá acontecer, no entanto, terá como tema o
autismo.
FOTOS ROSE PROÊNCIO/RÁDIO FRAIBURGO AM
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