JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter
O Conselho Monetário
Nacional (CMN) autorizou na última quinta-feira (23) a contratação de operações
de crédito rural, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), por produtores de maçãs em dificuldade financeira, que perderam
suas lavouras por causa das chuvas de granizo que atingiram a Região Sul nos
últimos anos.
O produtor
interessado tem até 15 de janeiro do ano que vem para procurar o banco credor e
renegociar a dívida decorrente de crédito de investimento rural para a produção
de maçãs, contratada até 30 de dezembro de 2010. Ele pode renegociar as
parcelas vencidas e a vencer no valor máximo de R$ 5 milhões. Com essa medida,
ganha um ano de carência e mais nove anos para quitar o valor.
Em outra decisão, o
Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação de financiamentos de
propriedades rurais, contratados com recursos do Fundo de Terras e da Reforma
Agrária (Ftra), em municípios atingidos por seca nas regiões Sul e Nordeste e
enchentes na Região Norte, a partir de novembro do ano passado.
Por reconhecer que
alguns novos proprietários estão com dificuldades para honrar compromissos
financeiros, o Conselho Monetário Nacional CMN autorizou a prorrogação das
parcelas vencidas e a vencer, entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro
deste ano, nos municípios que decretaram situação de emergência ou estado de
calamidade pública, reconhecidos pelo Ministério da Integração Nacional.
As prestações
pactuadas irão para o final do contrato, mantidos os encargos financeiros e os
rebates de bônus de adimplência previstos. Os mutuários devem solicitar a
renegociação o mais rápido possível, e os bancos têm prazo de 90 dias para
formalizar a contratação.
O diretor executivo
da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Moisés de Albuquerque
afirma que essa é uma noticia para ser comemorada. No entanto lembra que parte
das reinvindicações foram atendidas, esperava-se que a taxa de juros fica-se em
5,5 % ao ano.
Além disso, o teto
máximo imposto para a renegociação das dividas que é de R$ 5 milhões não
contempla todas as empresas. Moisés revela que em Fraiburgo existem três
empresas que geram cerca de 2,5 mil empregos, que possuem dividas individuais
que ultrapassam esse valor, e desta forma, não estão incluídas na possibilidade
de renegociação.
“A união de
autoridades politicas, ABPM e essas três empresas que não foram contempladas
nesse primeiro momento, será decisivo para que elas sejam incluídas numa
possível alteração do anúncio ou numa nova medida que as beneficie”, afirmou.
FOTO: FLÁVIO
FURTADO/RÁDIO FRAIBURGO AM
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