domingo, 26 de agosto de 2012

Dívidas de produtores de maçã serão renegociadas




JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou na última quinta-feira (23) a contratação de operações de crédito rural, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por produtores de maçãs em dificuldade financeira, que perderam suas lavouras por causa das chuvas de granizo que atingiram a Região Sul nos últimos anos.
O produtor interessado tem até 15 de janeiro do ano que vem para procurar o banco credor e renegociar a dívida decorrente de crédito de investimento rural para a produção de maçãs, contratada até 30 de dezembro de 2010. Ele pode renegociar as parcelas vencidas e a vencer no valor máximo de R$ 5 milhões. Com essa medida, ganha um ano de carência e mais nove anos para quitar o valor.
Em outra decisão, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação de financiamentos de propriedades rurais, contratados com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária (Ftra), em municípios atingidos por seca nas regiões Sul e Nordeste e enchentes na Região Norte, a partir de novembro do ano passado.
Por reconhecer que alguns novos proprietários estão com dificuldades para honrar compromissos financeiros, o Conselho Monetário Nacional CMN autorizou a prorrogação das parcelas vencidas e a vencer, entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro deste ano, nos municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública, reconhecidos pelo Ministério da Integração Nacional.
As prestações pactuadas irão para o final do contrato, mantidos os encargos financeiros e os rebates de bônus de adimplência previstos. Os mutuários devem solicitar a renegociação o mais rápido possível, e os bancos têm prazo de 90 dias para formalizar a contratação.  
O diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Moisés de Albuquerque afirma que essa é uma noticia para ser comemorada. No entanto lembra que parte das reinvindicações foram atendidas, esperava-se que a taxa de juros fica-se em 5,5 % ao ano.
Além disso, o teto máximo imposto para a renegociação das dividas que é de R$ 5 milhões não contempla todas as empresas. Moisés revela que em Fraiburgo existem três empresas que geram cerca de 2,5 mil empregos, que possuem dividas individuais que ultrapassam esse valor, e desta forma, não estão incluídas na possibilidade de renegociação.
“A união de autoridades politicas, ABPM e essas três empresas que não foram contempladas nesse primeiro momento, será decisivo para que elas sejam incluídas numa possível alteração do anúncio ou numa nova medida que as beneficie”, afirmou.
FOTO: FLÁVIO FURTADO/RÁDIO FRAIBURGO AM

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