Publicada no Jornal Diário
do Meio Oeste (7/07)
Certamente se questionarmos as mais diversas
pessoas sobre qual é o compromisso que eles possuem em relação à profissão, vamos
receber como resposta aquilo que mais de importante é para ela. Quem sabe para uma professora, onde os alunos
estão conhecendo os números e as letras, o compromisso é o de chegar ao termino
do ano sabendo que os estudantes aprenderam a ler e fazer alguns cálculos. Para
nós jornalistas não é diferente. Nosso compromisso não é o de escrever para
agradar pessoas, mas sim informar e dar suporte para que nossos leitores possam
formar opiniões.
No século passado, surgiu uma expressão
chamada de Imprensa Marrom, algo que não é exclusivo do século passado, pois na
atualidade pode ser aplicado perfeitamente em diversas situações. Imprensa
Marrom nada mais é do que uma expressão pejorativa utilizada para se referir a
veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádios e televisões,
considerados sensacionalistas, ou seja, que buscam elevadas audiências e
vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos, sem
compromisso com a autenticidade.
Jornalistas normalmente são taxados como
pessoas que não conversam, mas sim, fazem entrevistas. E realmente isso é uma
verdade, pois são profissionais ligados 24 horas em possíveis pautas. T
ostos, ou aquele que notícia a morte? É lógico que cada fonte pensa e acredita que a sua
informação é a mais importante a ser veiculada naquele dia. E elas estão
certas, cabe a nós jornalistas sermos os “porteiros” ou “Gatekeeping”, como é
denominada essa função nas Teorias da Comunicação.
O jornalista vai além
daquela pessoa que se vê na TV, se escuta no rádio ou se lê uma matéria
produzida por ele no jornal. É aquela pessoa que é responsável pela filtragem
da notícia, ou seja, ela vai definir, de acordo com critérios editoriais, o que
vai ser veiculado. Toda sociedade de um determinado local, estará condicionada
a ser informada por aquilo que esse profissional julgou ser o mais importante
naquele momento.
Exatamente nesse
ponto, que o jornalista deve ter o compromisso com a verdade, sem rabo preso,
sem dever favor para uma ou outra fonte, pois isso poderá interferir no
conteúdo. O consumidor da notícia está se tornando a cada dia, pessoa mais
orientada, não é inocente e sabe bem que tipo de profissional que produziu
aquele conteúdo. Por isso, sem medo de errar lembro que o compromisso com a
verdade é o que norteia o nosso trabalho Lá Nos Frai.
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