JUCIELE BALDISSARELLI
Repórter
O município de Fraiburgo
terá duas chapas disputando as eleições municipais desse ano. A situação é
formada pelo atual vice-prefeito Beto Ferreira (PMDB) como candidato a prefeito
e o ex-vereador Zelir Locatelli (PSDB) como vice. Já a oposição é formada pelo
ex-vice-prefeito Ivo Biazzolo (PSD) como candidato a prefeito e pelo vereador Juliano
da Auto Escola (PP) como vice.
A decisão das
composições foi revelada somente nas últimas horas do sábado (30), que era a
data final para os partidos realizarem as convenções onde seriam escolhidos os
nomes de candidatos a prefeito, vice, vereadores e a formação de alianças. Com
esse posicionamento do PP, os progressistas romperam de vez a aliança que
mantiveram junto ao governo de Nelmar Pinz até esse ano.
A situação ficou para
a última hora em função da convenção do PP, o qual estava sendo assediado tanto
pelo candidato Biazzolo, quanto Ferreira. A convenção do PP teve inicio no sábado
dia 23 quando o empresário Emerson Zablóski foi escolhido como candidato, porém
no último sábado aconteceram mudanças significativas e que deram um novo rumo
político em relação ao que estava sendo esperado.
Zablóski tinha como
preferência a formação de aliança com Beto Ferreira, ou até mesmo a criação de
uma terceira via, no entanto, essa decisão não seria tomada por ele, mas sim o
diretório do PP que é composto por mais de 40 pessoas. Como Zablóski percebeu
que o desejo como candidato não seria levado em conta pelo partido, decidiu
desistir da candidatura do que ser forçado a formar uma aliança que não tinha
interesse.
Com essa decisão,
automaticamente o segundo colocado na escolha, Juliano da Auto Escola passou a
ter o direito de representar o partido. A vontade da maior parte do diretório
do PP e de Juliano pode ser comprovada na votação. Foram 32 votos favoráveis à
composição Biazzolo e oito com Beto. A partir do momento que os progressistas divulgaram
essa decisão, os acertos começaram a ser firmados no que tange o nome do vice
para a chapa da situação.
Enquanto isso, o PSDB
estava também no aguardo da decisão dos progressistas, pois percebia que tinha
chances de indicar o vice tanto para a oposição quanto para a situação. Como o
PP fechou com o PSD, o PSDB se aproveitou da chance e negociou a aliança com o
PMDB, onde levou o direito de apresentar o candidato a vice, após o bloco que
compõe a aliança ter cedido à vaga.
OS PARTIDOS QUE
COMPÕE AS ALIANÇAS
Os nomes das alianças
de ambos os candidatos ainda não foi decidida, bem como a nominata de
vereadores que ambos vão ter ainda está passando pelos últimos detalhes, mas
cada um deverá ter cerca de 50 candidatos.
O PMDB compõe com o
PSDB, PT, PSC, PTC, PDT e PR, tem como candidato a prefeito Beto Ferreira e a
vice Zelir Locatelli. O PSD compõe com o PP, PPS, PSB, DEM e PTB, tem como
candidato a prefeito Ivo Biazzolo e vice Juliano da Auto Escola.
A DESISTÊNCIA DE
ZABLÓSKI
Emerson Zabloski (PP)
desistiu de ser candidato após desgastante processo de negociação na última
semana. O progressista tinha como preferência concorrer como vice de Beto
Ferreira (PMDB), ou formar uma terceira via, no entanto, a maior parte do
diretório não aceitava essa possibilidade em função a preferência por Ivo
Biazzolo (PSD). Como não houve acordo entre candidato e partido, Zablóski
preferiu desistir da candidatura a ser forçado a fazer algo que não estava de
acordo.
Zablóski havia
vencido os dois colegas de partido Juliano da Auto Escola e Jonas Cardoso na
primeira parte da convenção do PP que ocorreu no dia 23 deste mês. Na ocasião,
Zablóski e Juliano empataram com 21 votos, como Emerson é três anos mais velho,
ganhou o direito de representar o partido. Cardoso recebeu seis votos.
Ao longo da ultima
semana, o até então candidato e uma comissão formada para a negociação, tinham
a missão de receber as propostas dos dois candidatos a prefeito. No entanto, a
maior parte dos membros que fazem parte do diretório do PP antecipadamente defendia
uma aliança com Biazzolo e como a provação da coligação não dependia do
candidato, mas sim do diretório, ou seja, ele não tinha poder de decisão, iria
apenas acatar a escolha de pouco mais de 40 progressistas, decidiu desistir da
candidatura.
“Saio de cabeça
erguida e muito grato ao apoio de todos os que estiveram comigo nessa batalha.
Fui o primeiro pré-candidato da história de Fraiburgo que teve tão alto nível
de aprovação e com tão baixo nível de rejeição apontado pelas pesquisas. Esses dados
e minha opinião não foram levados em consideração, por isso não tenho motivos
para seguir em algo que já estava acertado. Eu sou simples, honesto e tomo
minhas decisões com muita seriedade, e a população vai dizer em 2016 se devo
voltar para a política”, declarou.
FOTOS JUCIELE
BALDISSARELLI E FLÁVIO FURTADO
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