Após três anos de espera e ansiedade, o casal
Maria Antunes e Sebastião de Freitas, enfim, conseguiu autorização do Tribunal
de Justiça de Santa Catarina para adotar uma criança. Em 2009, ao entrar
formalmente com o pedido de adoção, o casal teve o desejo negado pelo juiz da
infância, sob a argumentação de que os dois eram velhos demais para criar um
filho – eles tinham mais de 40 anos de idade.
Hoje, Maria – que é servente em uma escola de
Videira, no meio-oeste catarinense – tem 49 anos. Sebastião tem 50 anos e
trabalha com transporte. Agora, eles estão na expectativa para dar entrada nos
trâmites legais e, finalmente, adotar uma criança. É a nova chance de formarem
uma família.
Sebastião e Maria se casaram há quase 30
anos. Um ano depois nasceu o primeiro dos três filhos homens que tiveram. A
alegria inicial, no entanto, foi interrompida por uma doença genética que
atingiu todos os filhos. “Eles sofriam de uma doença rara que atrofiava o corpo
e causava deficiência física”, conta a mãe. Nenhum resistiu. Todos morreram em
decorrência da doença, por volta dos 10 anos. O mais velho completaria, em
2012, 29 anos, o do meio faria 19 anos, e o mais novo comemoraria o 15.º
aniversário no final do mês.
Diante da doença genética e do coração
apertado, Sebastião e Maria deixaram de lado a ideia de ter filhos biológicos,
mas o sonho de construir uma família continuava vivo. Foi quando resolveram
entrar na fila de adoção – e foram impedidos de dar andamento ao processo. “Nos
consideraram velhos. Acharam que a gente não tinha mais idade para cuidar de
uma criança. É claro que temos. Poderíamos adotar até duas crianças”, afirmou
Maria. Sebastião e Maria pretendem adotar uma menina de até 2 anos de idade.
Fonte: Tanolink
http://tanolink.com.br/site/justica-de-santa-catarina-autoriza-adocao-por-casal-considerado-velho/
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