quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Empresa de Caçador vende 10 mil tablets para o Tocantins.



Um ano depois de anunciar oficialmente o lançamento do tablet catarinense Braox, a fábrica Aiox do Brasil, de Caçador, consolidou a primeira grande venda, de 10 mil unidades do equipamento, para o governo de Tocantins. Apesar de ter iniciado a pré-venda pela internet em outubro do ano passado, somente agora os negócios começam a deslanchar.
O primeiro lote do modelo de sete polegadas que roda Android 2.3 começa a ser entregue em 90 dias ao preço unitário de R$ 716. Segundo o presidente do Grupo Sul Brasil, holding da Aiox do Brasil, Jovelci Gomes, na área de tecnologia os investimentos são altos e o retorno, demorado. Gomes investiu quase US$ 40 milhões (cerca de R$ 80 milhões) no braço tecnológico do Grupo Sul Brasil e, depois de um ano, ainda não conseguiu recuperar nem parte do investimento.
— Nós já fabricamos cerca de 3 mil tablets, mas demos de presente ou vendemos a preços irrisórios, apenas para divulgar a marca. Nosso foco são as compras governamentais na área educacional. Já estamos negociando, além do governo de Tocantins que vai distribuir para os seus alunos, também com Goiânia e Espírito Santo — diz.
Gomes lamenta que o Estado de Santa Catarina, que sedia a empresa, não tenha se interessado pelo equipamento e prefira usar importados, a exemplo dos iPads distribuídos aos deputados estaduais. Quanto à demora para concretizar as vendas, ele alerta que o Projeto Produtivo Básico (PPB) — programa do governo federal, que garante isenção de PIS, Cofins e IPI e torna o preço do produto competitivo — demorou para sair.
— Conseguimos o PPB há cerca de cinco ou seis meses. Vencemos algumas licitações, mas compras do governo são sempre demoradas. E também tivemos que atualizar a versão do nosso tablet, investimos mais para poder fazer uma configuração melhor para o ano que vem — explica.
Sem interesse em vender para o varejo, que, conforme ele, prefere os produtos “chineses e paraguaios”, Gomes revela que a nova configuração do tablet terá tela de 10 polegadas, vai rodar Android 4.0, a versão mais atual do sistema operacional do Google, e virá com 1 gigabyte (GB) de memória RAM, enquanto os de sete polegadas ainda rodam 2.3 e tem 512 megabytes (MB) de RAM.
— Os nossos preços sempre serão competitivos porque temos o PPB (incentivo do governo) diante dos concorrentes importados. Além disso, nossa empresa tem que investir 4% do faturamento em pesquisa e ajudar universidades por conta do PPB, coisa que os importados não fazem — diz.
A fábrica de Caçador tem capacidade para fazer 40 mil tablets por mês, mas ainda não usa um décimo do seu potencial. Por enquanto, está focada na produção dos computadores All in One, que são PCs com menor consumo de energia (10% dos convencionais, segundo Gomes) e que não têm gabinetes nem fios (tudo é concentrado no monitor).
— Já vendemos 15 mil All in One e também muitas carteiras eletrônicas (carteiras escolares com computadores embutidos), que são os produtos que comercializamos mais — explica.
As carteiras foram vendidas para prefeituras de Fraiburgo, Treze Tílias e Campos Novos, além de outros municípios do Estado de São Paulo. Já estão presentes em mais 50 salas de aula, sendo que cada uma utiliza 43 carteiras.
O aparelho
Modelo de sete polegadas
Roda com Android 2.3
Memória RAM de 512 MB
Preço: R$ 716
Modelo de 10 polegadas
Roda com Android 4.0
Memória RAM de 1 GB
Preço não divulgado

FONTE: http://tanolink.com.br/site/primeiro-lote-de-dez-mil-unidades-de-tlablet-fabricados-em-cacador-sao-entregues/

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