sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ministro da agricultura promete ajuda aos produtores de maçã durante audiência em Brasília


O ministro da Agricultura, Jorge Mendes Ribeiro Filho, prometeu aos produtores de maçã e parlamentares de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná estudar com o ministro da Fazenda a melhor forma de renegociar a dívida dos agricultores, estimada em R$ 60 milhões. A comitiva pediu ainda ao ministro R$ 40 milhões para subvencionar a safra 2012/13, hoje em 1,3 milhão de toneladas.
Presente à audiência, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) pontuou três questões fundamentais que agravam a crise no setor e prejudica principalmente Santa Catarina – o maior exportador de maçã: a inexistência de consórcios cooperativos para a comercialização da safra; de cobertura dos pomares com redes para evitar danos à fruta; e de plataformas para agilizar a sua colheita.
Para o senador catarinense é urgente estabelecer um equilíbrio na comercialização da fruta e impedir que continue negociada a preço vil para o produtor e vendida tão caro para o consumidor. O Brasil é o 9º maior produtor mundial de maçãs – colhidas principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.     
Luiz Henrique adiantou que a Universidade Federal de Santa Catarina está concluindo um projeto para a construção da máquina semi-mecanizada de colheita, raleio e poda da maçã nos moldes europeus - que deverá resolver a grande escassez de mão-de-obra no setor e elevar a posição do Brasil no mundo.
Segmento altamente relevante para a economia nacional na geração de empregos e renda, a agricultura da maçã proporciona 56 mil empregos diretos e 112 mil empregos indiretos. Ela cria 150 vezes mais empregos em uma mesma área do que as culturas de grãos. A Associação Brasileira de Produtores de Maçã entregou ao ministro a “Carta de Vacaria” – com os pleitos que consideram emergenciais para a categoria – os mesmos destacados pelo senador catarinense.
A ABPM solicitou um plano de dois anos de carência, mais dez anos para pagamento da dívida, com taxas de juros limitadas a 6,75% ao ano para as dívidas vencidas e a vencer. Pediu também uma linha para capital de giro e a transferência do prazo de liquidação da Linha Especial de Crédito para comercialização da maçã dos atuais 180 dias para o mínimo de 240 dias – pois a cultura demora doze meses para comercialização.
A associação já está pedindo autorização ao CADE para criar o Consórcio Cooperativo da Maçã que alavancará o setor e habituará a população a consumir a fruta. A meta é reduzir os custos dos insumos, aumentar a qualidade do produto e permitir a participação do setor produtivo da maçã ao preço pago pelo consumidor.
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