O ministro da Agricultura, Jorge Mendes Ribeiro
Filho, prometeu aos produtores de maçã e parlamentares de Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Paraná estudar com o ministro da Fazenda a melhor forma de
renegociar a dívida dos agricultores, estimada em R$ 60 milhões. A comitiva
pediu ainda ao ministro R$ 40 milhões para subvencionar a safra 2012/13, hoje
em 1,3 milhão de toneladas.
Presente à audiência, o senador Luiz Henrique
(PMDB-SC) pontuou três questões fundamentais que agravam a crise no setor e
prejudica principalmente Santa Catarina – o maior exportador de maçã: a
inexistência de consórcios cooperativos para a comercialização da safra; de
cobertura dos pomares com redes para evitar danos à fruta; e de plataformas
para agilizar a sua colheita.
Para o senador catarinense é urgente estabelecer um
equilíbrio na comercialização da fruta e impedir que continue negociada a preço
vil para o produtor e vendida tão caro para o consumidor. O Brasil é o 9º maior
produtor mundial de maçãs – colhidas principalmente em Santa Catarina e no Rio
Grande do Sul.
Luiz Henrique adiantou que a Universidade Federal
de Santa Catarina está concluindo um projeto para a construção da máquina
semi-mecanizada de colheita, raleio e poda da maçã nos moldes europeus - que
deverá resolver a grande escassez de mão-de-obra no setor e elevar a posição do
Brasil no mundo.
Segmento altamente relevante para a economia nacional
na geração de empregos e renda, a agricultura da maçã proporciona 56 mil
empregos diretos e 112 mil empregos indiretos. Ela cria 150 vezes mais empregos
em uma mesma área do que as culturas de grãos. A Associação Brasileira de
Produtores de Maçã entregou ao ministro a “Carta de Vacaria” – com os pleitos
que consideram emergenciais para a categoria – os mesmos destacados pelo
senador catarinense.
A
ABPM solicitou um plano de dois anos de carência, mais dez anos para pagamento
da dívida, com taxas de juros limitadas a 6,75% ao ano para as dívidas vencidas
e a vencer. Pediu também uma linha para capital de giro e a transferência do
prazo de liquidação da Linha Especial de Crédito para comercialização da maçã
dos atuais 180 dias para o mínimo de 240 dias – pois a cultura demora doze
meses para comercialização.
A
associação já está pedindo autorização ao CADE para criar o Consórcio
Cooperativo da Maçã que alavancará o setor e habituará a população a consumir a
fruta. A meta é reduzir os custos dos insumos, aumentar a qualidade do produto
e permitir a participação do setor produtivo da maçã ao preço pago pelo
consumidor.
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