segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Campori chegou ao fim

Ruas centrais ficaram tomadas pela multidão de desbravadores na manhã de sábado
Marcos e Agatha vindos de Sinop tiveram que enfrentar o frio no encontro
Desbravadores desmancharam acampamento no domingo pela manhã
Desbravadores do Mato Grosso viajaram mais de dois mil quilômetros até Fraiburgo
Os mais de 70 ônibus conduzindo 3,3 mil desbravadores deixaram o Parque da Maçã no último domingo (6) pela manhã. Os 87 clubes que fizeram parte da 18ª Edição do Campori de Desbravadores de Santa Catarina, levantaram acampamento depois de cinco dias de encontro que teve o tema “Geração de Heróis”. Durante o período, a crianças e adolescentes estiveram envolvidos em atividades educacionais, religiosas e de lazer.
No sábado (5), por volta das 11 horas aconteceu o desfile com todos os desbravadores pelas ruas do centro da cidade. Os principais pontos ficaram tomados por uma multidão de crianças e adolescentes jamais vista em Fraiburgo. Todo o percurso durou cerca de uma hora, a passeata foi uma ação de conscientização contra o uso de drogas, álcool, prostituição, preservação da natureza entre outros temas. Já no sábado à tarde a comunidade pode ir ao Parque da Maçã para ver os acampamentos e os portais de cada grupo.
Entre todos os clubes que fizeram parte do encontro, um deles se destacou pela distância percorrida, foram mais de dois dias de viajem e mais de dois mil quilômetros percorridos. O Clube de Desbravadores Leão do Norte de Sinop no Mato Grosso veio a Fraiburgo com cerca de 40 crianças e adolescentes especialmente para participar e conhecer como é o Campori dos catarinsenses.
O frio foi apontado como o principal adversário dos mato-grossenses, acostumados com temperaturas superiores a 40Cº. Não foi nada fácil, segundo eles enfrentar temperaturas durante a noite que se aproximaram de zero grau. Para driblar o frio durante que foi intenso pela madrugada, os jovens se refugiaram no interior do ônibus aonde dormiram, assim dispensando as tradicionais barracas. 
A desbravadora Agatha Bepptler, 17 anos, afirma que apesar do frio e da distância valeu a pena fazer parte do Campori que marcou a realização dos 50 anos do primeiro Campori no Brasil, “nossa é muito longe, estamos passando muito frio, estou usando duas calças, mas tudo esta sendo válido para nossa aprendizagem e preparação espiritual”.
O desbravador mato-grossense Marcos Sherobin, 16 anos, concorda que todo o sofrimento para fazer parte do encontro foi válido. “Cada real que gastamos para vir até aqui valeu a pena, isso não tem valor material, não existe nem como explicar a emoção e ser desbravador é isso mesmo, é estar preparado para enfrentar as situações mais adversas que podemos encontrar”, explicou o adolescente.
No total serão mais de dez dias de viajem, o grupo aproveitará a oportunidade para realizar uma excursão pelo Litoral Catarinense. A chegada em casa esta prevista para acontecer somente na próxima quarta-feira (9). Junto com os adolescentes, viajam adultos, formados por pais, membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia e as cozinheiras que são responsáveis pela alimentação.
A única lamentação entre os participantes foi a de não terem visto as macieiras carregadas com maças, pois esta era uma das expectativas que os grupos possuíam ao conhecer a Terra da Maça. No momento, os pés de fruta acabaram de sair do período da florada e estão com os frutos em tamanho muito pequeno ainda.
De bem mais perto do que Sinop, mas não menos importante, outro clube que se despediu dos fraiburguenses e levantou acampamento na manhã do domingo, foram os membros do Clube de Desbravadores Everest de Blumenau.  De acordo com o diretor, Harry Metzner para abrigar os 52 jovens foram montadas 33 barracas.  
A desbravadora blumenauense, Abigail Prange, ficou encantada com a cidade considerada por eles no interior do Estado. Para ela, o encontro foi importante para unir os membros do Clube, além de oportunizar a criação de novas amizades. “Foi muito bom, não tem como apontar algo como principal, que venham outros encontros, pois nos estaremos lá novamente fazendo parte”.
Fraiburgo participou como anfitrião do 18º Campori de Desbravadores com a presença de aproximadamente 50 pessoas distribuídas em dois clubes. O Clube de desbravadores Luzeiros da Colina é formado por 25 adolescentes dos bairros São Miguel e Nossa Senhora Aparecida. A Secretária, Gilmara da Costa Varella, relata que, o que os desbravadores mais gostaram foram das atividades e brincadeiras que aconteceram no decorrer do encontro.
A informação é confirmada pelo desbravador Mateus da Silva, 11 anos, morador do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Ele gostou de andar na tirolesa no Parque de Aventuras, além de ficar acampado no Parque da Maçã, dividindo a barraca com mais três colegas. Já no segundo Clube, o Horizonte formado por cerca de 30 pessoas, a adolescente Letícia Bodanese, 15 anos, salienta que esta foi uma oportunidade para conhecer melhor os membros do clube de desbravadores do bairro São Miguel.
Esta é a segunda vez que Fraiburgo sedia o Campori Estadual de Desbravadores. O Primeiro aconteceu em novembro de 1996, quando estiveram presentes cerca de 1.600 desbravadores na 10ª Edição. Fraiburgo teve o privilégio de ser o anfitrião do último Campori com a presença de Desbravadores de todo o estado, pois o Clube em nível estadual estará sendo dividido em duas regiões, com cada uma delas promovendo o seu Campori.
Para o diretor do Clube de Desbravadores Horizonte e um dos organizadores do Campori Estadual, Ildo Lucas, sediar o último encontro foi uma emoção, para ele, seria impossível marcar a história do evento de maneira diferente da qual registrada durante os dias do encontro “simplesmente as metas propostas foram todas alcançadas”.


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